Teoria e prática se encontram no V Se²pin – Instituto Federal do Paraná

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Teoria e prática se encontram no V Se²pin

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Na tarde desta quarta-feira (19), os estudantes do V Seminário de Extensão, Ensino, Pesquisa e Inovação (Se²pin) realizaram a mostra de 351 pôsteres e 50 protótipos da Feira de Inovação Tecnológica do IFPR (IFTech). Esta é a parte do evento na qual os participantes expõem seus trabalhos ligados a extensão, pesquisa, ensino e inovação e são avaliados por servidores do IFPR e de outras instituições.

Um dos pontos ressaltados pela professora de Londrina, Marlene Ferrarini, foi a ênfase dos trabalhos aliados à prática, tanto de alunos de ensino médio quanto de graduação: “há projetos bem interessantes que trazem benefícios tanto para o aluno que está no desenvolvimento quanto pra quem utiliza”. De fato, em uma volta rápida nos trabalhos da IFTech é possível identificar algumas expansões para além da sala de aula. Caso dos estudantes Felippe Filipim, do Campus Assis Chateaubriand, que demonstrou, com ajuda de um instrumento, o teorema de Pitágoras, e do Marco Antônio da Silva, do Campus Ivaiporã, que colocou a realidade virtual a serviço da física moderna contemporânea. “A ideia é ter outras maneiras de estudar, de entender o conteúdo para auxiliar a visualização do que está na teoria. Acho bem importante projetos com esse viés”, ressalta Felippe.

A interação entre a teoria e a prática também está presente nas pesquisas científicas apresentadas na mostra de pôsteres. Do Campus Pitanga, vem o projeto de pesquisa “Análise de parâmetro do método de Cauchy com busca de Armijo mediante coleção de problemas de Moré, Garbow e Hillstrown”. De acordo com o estudante Douglas da Silva, várias áreas podem se beneficiar da utilização prática dos resultados obtidos. “A aplicação do que encontramos pode minimizar qualquer tipo de função, como, por exemplo, produzir um certo número de objetos com o menor uso de material”, explica. Para o aluno, além do crescimento acadêmico proporcionado pela pesquisa, a apresentação de um trabalho no Se²pin o auxiliou a desenvolver outras habilidades. “Eu era bastante tímido e, com as apresentações, estou conseguindo me soltar e me comunicar melhor com as pessoas”, revela.

O discente Andrew Marcolina, do Campus Avançado Coronel Vivida, apresentou o projeto “Estudo da degradação de corante têxtil utilizando processos oxidativos avançados”, que busca analisar a qualidade da água utilizada pelo campus, dando tratamento a ela e aos resíduos nela encontrados. De acordo com Andrew, os resultados obtidos com esse projeto podem ser aplicados à indústria, para análise e tratamento dos resíduos que são devolvidos à natureza, contribuindo para a proteção do meio ambiente.

Mas não é apenas a inovação, a tecnologia e a ciência que ganham espaço nas mostras de trabalhos. Atividades de ensino e aprendizagem e de extensão desenvolvidos pelos campi dividem a atenção com os projetos de pesquisa na mostra de pôsteres. Um exemplo disso é projeto “Cinema e História”, desenvolvido no Campus Avançado de Astorga. Ligado ao Programa de Bolsas de Inclusão Social (Pbis), a iniciativa realiza a discussão de temáticas sociais e momentos históricos a partir de filmes. A estudante Rita de Cássia Miranda, a participação no Se²pin e os frutos que o evento rendeu. “Conheci um projeto similar ao nosso, que discute sociologia e cinema, do Campus Goioerê. Já fizemos contato com eles e vou buscar aprofundá-lo, para possíveis trabalhos em conjunto”, alegra-se.

Todos os trabalhos expostos na mostra de pôsteres e IFTech foram avaliados por dois profissionais. Uma deles foi a servidora técnico-administrativo Luzia Alves da Silva, do Campus Cascavel, que avaliou trabalhos ligados à área de Ciências Humanas. Luzia é deficiente visual e precisou de adaptações que para que seu trabalho como avaliadora fosse possível. “Foi uma experiência muito interessante. A primeira coisa que pensei foi que não conseguiria avaliar esses pôsteres sozinha, tanto que pedi o apoio do grupo, que foi fundamental. Eles me acompanharam até os pôsteres, mas sem tirar a minha autonomia, que foi o mais legal. Pude mostrar o meu potencial sem ter essa preocupação da deficiência estar na frente”. Para a avaliação dos pôsteres, a servidora baseou-se nas apresentações orais dos estudantes. “Fui discutindo com eles, fazendo as intervenções que eu achava que era relevantes”, explica. Todas as fichas de avaliação foram impressas em braille e as notas foram registradas da mesma forma pela servidora.

A programação do Se²pin segue até amanhã (20). Pela manhã, serão realizadas apresentações orais e a competição de robótica, com nove equipes selecionadas na etapa estadual da Olimpíada de Robótica do IFPR, realizada em julho deste ano, em Irati. À tarde, a programação se encerra com a premiação dos melhores trabalhos apresentados no V Se²pin.

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